domingo, 10 de outubro de 2010

Caminhos

As paredes de minha casa estão caindo
Não aguento esperar para ver a janela desmoronar
Não quero mais fugir, quero tornar definitivo
Aquilo que penso, sinto, reflito

Minha serpente criará asas então
E começará a voar como um falcão
Se precisar mergulharei
Irei para o fundo se assim quiser

Meus abismos não se acabam
Mas minhas asas não se desgastam
Vou vivendo pelos céus, fugindo pelos mares
E aproveitando toda minha terra

Corro no sol
Descanso na lua
Nesse caminho interminável
Que levo na rua

Mas enquanto as paredes permanecerem
Minha serpente continuará sonhando
Minha janela continuará de vidro
E meu caminho continuará dosado

3 comentários: