segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Prólogo...

.Não sei o que escrever, estou aqui, sentado perante minha mesa, sem ter ideia do que escrever.Faltam momentos de epifania, em qual gaveta guardei meus pensamentos? Em qual ilha os perdi?
Mas, tentando resgatar alguma coisa, me veio uma ideia, meio estúpida e sem sentido, é verdade, mas é uma ideia (e nesse momento qualquer coisa que venha a minha mente serve). Falam que todo final é apenas um recomeço, e que todo não esconde um sim, então por que não começar meu texto com um simples ponto final, afinal é um começo não é?
E se cada final é um começo, daonde estou começando a escrever? De onde estou iniciando essa escrita? Não me lembro de antes, só estou guardado no presente e meu futuro... bem, meu futuro está na neblina, quem sabe depois não tente dissipá-la.
Mas voltando (ou começando, não sei mais), até que não é uma má ideia não é? Um ponto final é um bom (re)começo, eu posso iniciar minha vida daqui, e contando com o que estou passando até que não seria tão mal, seria?
Como pergunto para você, sendo que mal me conheces? Está apenas me ouvindo, olhando minhas palavras divagando no ar, sem saber direito o que fazer. Não o culpo, primeiro porque mal nos conhecemos, e segundo porque nem mesmo eu estou me entendendo. Espero que ao fim de tudo tenhamos um pouco mais de intimidade, que possamos nos entender melhor, até porque é bom para um enunciador conhecer seu ouvinte.
Mas se quiser, peça-me para interromper, não tenha medo, somos amigos, sinta-se a vontade para obstruir minha fala e recite as suas, cante a música também, não há problema, temos que nos ouvir.
Porém, enquanto isso, deixe-me por um tempo falando, só isso que eu lhe peço, depois sinta-se em casa para divagar sobre o que quiser, eu só necessito demarcar a linha que seguirei (ou não seguirei).
Essa escrita já está mais duradoura do que imaginei, será algum sinal isso? E além de mais duradoura está mais auditiva também, e parece que está chegando no ponto que eu (talvez) queira: a comunicação, cansei de monólogos entorpecidos nas tardes chuvosas que regem esses campos, os quais adoraria dividir com você enquanto conversaremos sobre o que quisermos.
Sinto que está me achando estranho. É verdade não é? A esse ponto sente uma estranheza de meu ser, pensando que tenho algumas intenções escondidas nessa fumaça. Mas lhe garanto que não meu caro ouvinte, apenas estou lhe oferecendo um passo para a liberdade.
Pare.
Escute.Está ouvindo? Ouça essa doce ventania que bate nas janelas, sinta esse doce aroma das flores que estão tentando seguir sua vida.
Bom, chega de devaneios por enquanto, ainda não acabei meu assunto, mas qual era mesmo? Bom, não tentarei resgatar o que falei, vamos continuar, sim?
Veremos onde isso irá me levar, espero que me acompanhe até o final, e que essa escrita saia do melhor jeito possível: naturalmente, afinal qual seria a melhor maneira possível, senão a verdadeira forma do pensamento?
Estou falando demais, certo? Ah meu caro companheiro, por favor agora se manifeste um pouco, quero saber o que pensas, não relacionado a mim, sobre o que quiseres, apenas sente-se e divague, ou levante-se, faça como achar melhor, estou pronto para te ouvir.
E agora passo a voz para você, sinta-se a vontade...

5 comentários:

  1. . Deste é o fim do inicio e o inicio do fim, um recomeço terminado e uma terminação (re)começada... Mais e já não sei quem começõu o que.

    A verdade é que tn razão, nada sabemos desta vida, senão que a morte é certa. Vento, Chuva, aromas, mulheres, prazeres...Nem pareço uma garota falando... Mas para o homen o que seria mais doce que o colo de uma mulher suada pelo prazer de uma noite quente enebriada pelo vinho de volupias?

    Ah meu amigo, meu caro amigo, traga-me um café preto e amargo que a noite é recem chegada.. Logo as estrelas nos farão folosofar, pensando talvez na centelha divina ou no divino universo ou ainda sim nos inicios e finais de pontos de termino e partida....

    Bradamante

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  2. .Creio que és uma pessoa muito sábia, nada sabemos por completo, e completamente não sabemos nada; nem tudo. Talvez nem a morte seja um estado tão certo quanto pensamos.

    Logo estará pronto o café que pediu, e assim aproveitaremos a noite e sua imensidão tão bela com todos seus aspectos. Divagaremos sem rumo, entre as nuvens que encobrem o céu, caíremos do tempo entre ideias.

    Sinto que me entenderá muito bem, apesar de estarmos apenas começando. E vejo que não deve ter achado minha ideia tão estúpida já que fez uso dela. Fico feliz por dividir essa leve ventania com você, espero que continue me acompanhando, pessoa você que tem feito tão bem em meus pensamentos.

    Então por favor, que entremos no palco, pois nosso café chega e a peça está começando...

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  3. Ahhh meu querido amigo, eu é que fico feliz em poder estar junto de tal mente...

    É sempre uma prazer enorme poder compartilhar contigo. O aroma do café nos ajuda a pensar, nesta noite com o frio das estrelas, e lembrar de certos acontecimentos em nossa vida, momentos tais que nos ensinaram e continuam ensinado. E então eu pergunto, tais momentos poderiam se considerados pontos finais e recomeços? Afinal a cada dia uma página nova é folhada pelo leitor preguiçoso e um capítulo novo pelo esfomiado...

    Deveriamos esperar a morte? Ou a morte nos devia esperar? Afinal é quando iniciamos a vida que morremos, mesmo que aos poucos e talves quando morremos é que realmente iniciamos a viver.

    Eu sinto o frio da vida e o calor da morte, contradiçoes talvez sem fundamento aos ouvidos alheios, mas, quem sabe? Será mais frio o depois ou o agora?

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  4. Fico realmente feliz por compartilhar minhas ideias com você. Aproveitemos a noite que já vai alta com todo o tempo que quisermos.

    Não tenho mais certeza se desejo recordar acontecimentos de minha vida. Será que vale mesmo a pena ficar pensando tanto no passado quando tenho alguém como você para conversar?

    O segredo de nossa vida é a espontaniedade, vida ou morte, qual seria a diferença? São opostos iguais, tudo ou nada são os únicos extremos, ainda que sejam tão abstratos quanto a corrente a qual estamos ligados.

    Talvez nós estamos mortos, quem sabe? Quem poderia saber?

    Sinta o frio do mesmo jeito que você sente o calor, encare a morte com o mesmo pensamento da sua vida, ao final só existe uma essência principal. E é dessa essência que nós vivemos.

    Quem sabe essa noite não está mais clara do que qualquer uma de nossas manhãs?

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  5. Desculpe-me de me intrometer nas belas frases ditas pelos dois, mas queria saber, vocês já pensaram em formar uma dupla de duas belas brisas tropicais para formarem uma tempestade de frases sem fim?

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